Sobre logística
Supply chain, ou cadeia de suprimentos, é a rede de processos e atividades que levam um produto desde a matéria-prima até o consumidor final. Imagine um bolo caseiro:
- Fornecedores: Os fornecedores são as empresas que vendem os ingredientes para a produção do bolo (açúcar, farinha, leite, ovos, etc.).
- Produção: A produção é o processo de transformar os ingredientes em um bolo.
- Armazenamento: O bolo precisa ser armazenado em um local adequado antes de ser vendido.
- Distribuição: O bolo precisa ser transportado do local de produção para o local de venda (padaria, supermercado, etc.).
- Varejo: O bolo é vendido ao consumidor final.
- Consumidor final: O consumidor final é a pessoa que vai comer o bolo.
Exemplo:
A empresa X fabrica smartphones. A cadeia de suprimentos da empresa X inclui:
- Fornecedores: empresas que fornecem os componentes eletrônicos, as telas, as baterias, etc.
- Produção: as fábricas da empresa X onde os smartphones são montados.
- Armazenamento: os centros de distribuição da empresa X onde os smartphones são armazenados antes de serem vendidos.
- Distribuição: as empresas de transporte que entregam os smartphones aos varejistas.
- Varejo: as lojas que vendem os smartphones aos consumidores finais.
Importância da supply chain:
A supply chain é importante porque garante que os produtos cheguem ao consumidor final no momento certo, na quantidade certa e no local certo. Uma supply chain eficiente pode ajudar as empresas a reduzir custos, aumentar a lucratividade e melhorar o atendimento ao cliente.
Exemplos de problemas na supply chain:
- Falta de estoque: se a empresa X não tiver estoque suficiente de smartphones para atender à demanda, os clientes ficarão insatisfeitos.
- Atrasos na entrega: se os smartphones da empresa X não forem entregues aos varejistas no prazo, as lojas não poderão vender os produtos.
- Produtos danificados: se os smartphones da empresa X forem danificados durante o transporte, a empresa terá que arcar com os custos de devolução e reposição.
Gestão da supply chain:
A gestão da supply chain é o processo de coordenar todas as atividades da cadeia de suprimentos para garantir que os produtos cheguem ao consumidor final de forma eficiente e eficaz. A gestão da supply chain inclui atividades como:
- Planejamento: a empresa X precisa planejar a produção de smartphones de acordo com a demanda do mercado.
- Execução: a empresa X precisa garantir que os smartphones sejam produzidos, armazenados, transportados e vendidos de forma eficiente.
- Controle: a empresa X precisa monitorar o desempenho da sua supply chain e identificar oportunidades de melhoria.
As empresas podem melhorar suas supply chains através de:
- Tecnologia: a empresa X pode usar software para gerenciar sua supply chain e melhorar a comunicação entre os diferentes players da cadeia.
- Inovação: a empresa X pode buscar novas soluções para otimizar suas operações, como a utilização de drones para entrega de produtos.
- Parcerias: a empresa X pode trabalhar em conjunto com seus fornecedores, distribuidores e varejistas para melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos.
A supply chain é um componente essencial do mundo dos negócios. Ao entender o que é supply chain e como gerenciá-la de forma eficiente, as empresas podem melhorar sua competitividade e aumentar seus lucros.
Definição de operador logístico da ABOL:
Operador Logístico (OL) é a pessoa jurídica capacitada a prestar, por meio de um ou mais contratos, por meios próprios ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física e regime fiscal) e gestão de estoque (utilizando-se tecnologia adequada).
Operadores Logísticos Terceirizados ou 3PL (Third Party Logistics).
Um operador 3PL é uma empresa especializada em fornecer serviços logísticos para outras empresas. Isso significa que a empresa contratante terceiriza toda ou parte de sua operação logística para o 3PL, que se encarrega de tarefas como:
- Armazenagem: O 3PL armazenará os produtos da empresa contratante em seus armazéns, garantindo a segurança e a integridade da mercadoria.
- Picking e packing: O 3PL separa os itens de acordo com os pedidos dos clientes e embala a mercadoria para o transporte.
- Transporte: O 3PL pode cuidar do transporte da mercadoria do armazém até o cliente final, utilizando diferentes modais de transporte (rodoviário, aéreo, marítimo).
- Gestão de estoque: O 3PL monitora o nível de estoque da empresa contratante e pode sugerir estratégias para otimizar o inventário.
- Gestão de pedidos: O 3PL pode receber e processar pedidos de clientes, integrando-se com o sistema de vendas da empresa contratante.
Alternativas para reduzir os custos logísticos
Cross Docking:
O cross docking é uma estratégia logística em que os produtos recebidos de fornecedores são descarregados de um veículo de transporte e carregados diretamente em outro veículo de saída, com pouco ou nenhum armazenamento intermediário.
O cross docking é uma estratégia logística que visa eliminar ou reduzir ao máximo a armazenagem de produtos. O objetivo é que os produtos permaneçam em movimento, desde a sua saída da fábrica até o cliente final.
Exemplo: Imagine uma grande rede de varejo que recebe remessas de diversos fornecedores em um centro de distribuição central. Em vez de armazenar os produtos, a empresa utiliza o cross docking para descarregar as mercadorias dos caminhões de entrada e carregá-las imediatamente em caminhões de saída, que estão programados para entregar os produtos diretamente para as lojas. Isso reduz o tempo de armazenamento e os custos associados ao manuseio e armazenamento de estoque.
Consolidação de Cargas:
A consolidação de cargas é uma estratégia logística em que várias remessas menores são combinadas ou consolidadas em uma única carga maior para otimizar o transporte e reduzir os custos.
A consolidação de cargas é uma estratégia logística que visa agrupar diversas cargas pequenas em um único carregamento. Isso permite otimizar o espaço nos caminhões e reduzir os custos de transporte.
Exemplo: Considere uma empresa de transporte de cargas que recebe múltiplos pedidos de clientes para entrega em uma determinada região. Em vez de enviar veículos separados para cada cliente, a empresa consolida as remessas em uma única carga, aproveitando ao máximo a capacidade do veículo e reduzindo o número de viagens necessárias. Isso resulta em economia de custos com combustível, mão de obra e tempo de transporte.
Essas estratégias são amplamente utilizadas na logística para melhorar a eficiência operacional, reduzir os custos de transporte e otimizar o fluxo de mercadorias ao longo da cadeia de suprimentos. Ao implementar o cross docking e a consolidação de cargas de forma eficaz, as empresas podem obter vantagens competitivas significativas, melhorando a velocidade de entrega, reduzindo os custos logísticos e aumentando a satisfação do cliente.
Terceirizar as entregas
Logística Reversa
A logística reversa é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo de produtos, materiais e informações, do ponto de consumo ao ponto de origem, para recuperar, reciclar ou descartar de forma ambientalmente adequada os resíduos sólidos gerados durante todo o ciclo de vida dos produtos.
Em outras palavras:
- É o caminho inverso da logística tradicional.
- Envolve a coleta e o retorno de produtos ao final de sua vida útil.
- O objetivo é dar um destino adequado aos resíduos, evitando o impacto ambiental.
Exemplos de atividades de logística reversa:
- Coleta e reciclagem de embalagens: após o consumo dos produtos, as embalagens são coletadas e recicladas, transformando-se em novos produtos.
- Devolução de produtos: produtos com defeito ou que não atenderam às expectativas do cliente podem ser devolvidos ao fabricante para reparo, troca ou reembolso.
- Reutilização de produtos: produtos usados podem ser doados, vendidos ou recondicionados para serem usados novamente.
- Descarte de produtos: produtos que não podem ser reutilizados ou reciclados devem ser descartados de forma ambientalmente adequada, evitando a contaminação do solo e da água.
Benefícios da logística reversa:
- Proteção ambiental: reduz o impacto ambiental dos resíduos sólidos, diminuindo a quantidade de lixo enviada aos aterros sanitários e incineradores.
- Economia de recursos: promove a reutilização e a reciclagem de materiais, reduzindo a necessidade de extrair novas matérias-primas.
- Vantagem competitiva: empresas que adotam a logística reversa podem se destacar no mercado por sua responsabilidade ambiental.
- Atendimento à legislação: a logística reversa é obrigatória para alguns tipos de produtos, como pneus, pilhas e eletrodomésticos.
Exemplos de empresas que praticam a logística reversa:
- Eletrobrás: coleta e recicla pilhas e baterias.
- Natura: coleta e recicla embalagens de seus produtos.
- Renault: oferece programa de troca de veículos usados por novos.
- Ambev: coleta e reutiliza garrafas de vidro.
Logística reversa no Brasil:
A logística reversa no Brasil está em desenvolvimento, mas vem crescendo nos últimos anos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/2010, estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, incluindo a logística reversa.
Desafios da logística reversa:
- Alto custo: a implementação da logística reversa pode ser cara para as empresas.
- Falta de infraestrutura: nem todas as cidades possuem infraestrutura adequada para a coleta e reciclagem de resíduos.
- Conscientização do consumidor: muitos consumidores ainda não estão conscientes da importância da logística reversa.
Rede de Distribuição: A espinha dorsal da logística
A rede de distribuição é a etapa final da cadeia logística, responsável por levar os produtos do centro de distribuição (CD) até o consumidor final. É como uma teia complexa e dinâmica que garante que os produtos estejam disponíveis no lugar certo, na hora certa e nas condições adequadas.
Funções:
- Armazenamento: Os produtos são armazenados em CDs estrategicamente localizados para facilitar a entrega;
- Transporte: Diversos modais de transporte são utilizados, como caminhões, trens, aviões e navios, para levar os produtos aos seus destinos;
- Gestão de pedidos: Recebimento, processamento e expedição dos pedidos de forma eficiente e precisa;
- Controle de estoque: Monitoramento do nível de estoque para garantir a disponibilidade dos produtos e evitar rupturas.;
- Informação: Rastreabilidade dos produtos ao longo da cadeia de distribuição para garantir a qualidade e segurança.
Tipos de redes de distribuição:
- Intensiva: Busca alcançar o maior número possível de pontos de venda, como supermercados e lojas de conveniência;
- Seletiva: Distribuição em pontos de venda específicos, como lojas especializadas ou boutiques;
- Exclusiva: Distribuição em um único ponto de venda autorizado para um determinado produto ou marca.
Exemplos:
- Rede de distribuição de um supermercado: O CD recebe os produtos dos fornecedores, armazena-os e os entrega nas lojas da rede;
- Rede de distribuição de um fabricante de eletrodomésticos: Os produtos são fabricados, armazenados no CD e entregues aos revendedores autorizados;
- Rede de distribuição de um marketplace online: O marketplace recebe os produtos dos vendedores, armazena-os em seus CDs e os entrega aos consumidores finais.
Considerações importantes:
- Planejamento: A rede de distribuição deve ser planejada de forma eficiente para otimizar custos e prazos de entrega.
- Tecnologia: A utilização de tecnologia, como sistemas de gestão de transporte (TMS) e sistemas de gestão de armazém (WMS), pode aumentar a eficiência da rede de distribuição.
- Sustentabilidade: A sustentabilidade é um fator cada vez mais importante na gestão da rede de distribuição, com empresas buscando reduzir emissões de carbono e otimizar o uso de recursos.
Bons Estudos.