A Mulher Imperial
Essa postagem é especial. Minha mãe amava este livro. Contava para mim sua estórias várias vezes. Quando fiz uns doze ou treze anos, ela me presenteou com uma cópia. É realmente um ótimo livro. Não apenas pela forte memória afetiva que evoca; mas pela aula de história e dicas de grande utilidade na vida.
No quesito sobre a aula de história, o livro abrange a história da China em um perídio bem conturbado.
A Imperatriz Tz'u Hsi, uma figura marcante na história da China do século XIX, nasceu em 29 de novembro de 1835, durante a dinastia Qing. Seu nascimento ocorreu no seio da Casa Yehenara, uma das famílias manchu nobres. A jovem Tz'u Hsi cresceu em uma época de grande agitação política e social na China, marcada por pressões internas e externas.
Sua ascensão ao poder teve início em 1856, quando foi escolhida como concubina do Imperador Xianfeng. A morte prematura do imperador em 1861 desencadeou uma série de eventos que levaram Tz'u Hsi a emergir como a figura central na corte. Inicialmente, como regente para seu filho, o Imperador Tongzhi, ela rapidamente consolidou seu controle sobre o governo imperial, afastando rivais e exercendo uma influência significativa na tomada de decisões.
O reinado de Tz'u Hsi foi marcado por uma administração notável e, por vezes, controversa. Ela implementou reformas em diversas áreas, incluindo educação e modernização do exército. No entanto, seu estilo de governo autoritário e a resistência à modernização mais abrangente levaram a críticas tanto internas quanto externas.
A influência dos japoneses e ocidentais desempenhou um papel crucial na dinâmica do seu reinado. O século XIX foi uma era de expansão imperialista, e as potências ocidentais e o Japão estavam cada vez mais interessados na China. Durante a Segunda Guerra do Ópio e as Guerras Sino-Japonesas, a China enfrentou desafios significativos de potências estrangeiras. A perda de território e as demandas desiguais dos tratados contribuíram para a crescente insatisfação entre os chineses.
A influência ocidental também se manifestou nas chamadas "Reformas dos Cem Dias" em 1898, uma tentativa de modernização liderada pelo Imperador Guangxu, que estava sob a influência de reformistas chineses que buscavam aprender com o Ocidente. No entanto, a imperatriz, temendo a perda de poder, rapidamente suprimiu as reformas.
A morte de Tz'u Hsi em 15 de novembro de 1908 encerrou uma era tumultuada na história chinesa. Seu legado é complexo, com críticos apontando para o declínio final da dinastia Qing e os desafios enfrentados pela China na era moderna. Sua vida e reinado oferecem um vislumbre fascinante das dinâmicas de poder, influência estrangeira e resistência às mudanças que marcaram um período crucial na história chinesa.
A escritoria, Pearl S. Buck, nascida em 26 de junho de 1892, foi uma renomada escritora americana que dedicou grande parte de sua vida a explorar e retratar a China em suas obras. Filha de missionários presbiterianos, Buck passou sua infância na China, onde adquiriu fluência em chinês antes mesmo do inglês.
Após completar seus estudos nos Estados Unidos, Pearl S. Buck retornou à China, onde se envolveu com atividades sociais e culturais. Sua experiência no país asiático inspirou muitas de suas obras, incluindo seu romance mais famoso, "The Good Earth" (A Boa Terra), publicado em 1931, que lhe rendeu o Prêmio Pulitzer e o Nobel de Literatura em 1938.
Ao longo de sua carreira, Buck continuou a escrever prolificamente sobre a China, abordando questões sociais, culturais e políticas. Seus escritos destacam-se por sua habilidade em apresentar a complexidade da sociedade chinesa ao público ocidental, oferecendo uma visão única e sensível.
Além de sua contribuição literária, Pearl S. Buck foi uma defensora ativa dos direitos civis e dos direitos das mulheres, abordando questões sociais e humanitárias em seu ativismo. Sua vida e obra são lembradas como um testemunho da interseção entre culturas e um reflexo profundo da condição humana. Pearl S. Buck faleceu em 6 de março de 1973, deixando um legado duradouro como uma das escritoras mais importantes do século XX.
Algumas dicas valiosas que o livro nos traz:
- Não confie em quem concorda com você o tempo todo;
- Não adianta fugir do "novo"; ele sempre vem (fique sempre atualizado);
- Quanto mais perto do centro do poder, mas cuidado você precisa ter;
- Se comunique com todos, confie em poucos.
Trono do Dragão, na Cidade Proibida
A imperatriz Mãe
A Cidade Proibida
O Barco de Mármore.
Um livro delicioso para ler.
Boa Leitura.
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